A intimidação jamais calará os que defendem a democracia e lutam por direitos

NOTA SOBRE AGRESSÃO A MUNICIPÁRIOS DE POA

 

A respeito da covarde agressão contra servidores públicos municipais nesta quarta-feira (21), em Porto Alegre, durante ato do Sindicato dos Municipários, vimos a público manifestar:
1. Nossa total solidariedade aos servidores agredidos covardemente e ao Sindicato como instituição;
2. Nossa indignação frente às práticas do movimento ao qual pertencem os agressores, de longa trajetória de ações violentas. Meses atrás a vítima foi o falecido ministro do STF, Teori Zavascki, constrangido em sua residência. Ontem foi um professor que lutava por melhores condições de trabalho. Seguidamente lideranças de esquerda, sobretudo mulheres, têm sido intimidadas no exercício de seus direitos. Até quando essas organizações antidemocráticas ficarão impunes? Até quando ficarão livres para ameaçar a expressão de quem pensa diferente e a própria democracia?

3. Nossa estranheza frente ao silêncio do prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, que é apoiado por este movimento e tem vários de seus quadros compondo sua gestão na Prefeitura. Por que através de suas redes sociais oficiais o prefeito estimula ataques às posições dos municipários, com postagens incompatíveis com a postura que o exercício da mais alta função na Capital exige?

4. Nosso apoio a cada servidor e servidora municipal, alvo final deste tipo de ação violenta. O que se quer é calar suas vozes que denunciam a ameaça cotidiana de atraso de salários, que reivindicam direitos e se opõe a mudanças de gestão que só prejudicam população, como é o caso das mudanças na educação e o desmonte dos Centros de Referência em Assistência Social;

5. Nosso repúdio a tentativa sistemática de criminalização dos movimentos sociais e sindicais em todo o País — já fizemos inclusive denúncia a organismos internacionais;

6. A repressão das forças de segurança do Estado tem atingido níveis preocupantes de agressividade, sendo utilizada como instrumento para coibir o livre exercício de direitos constitucionalmente previstos. Além disso, temos testemunhado o crescimento de grupos privados armados que constrangem e intimidam movimentos que lutam legitimamente por direitos. Os fatos ocorridos em Porto Alegre, infelizmente, não são isolados. É preciso que as instituições atuem em defesa da Constituição e da democracia;

7. A intimidação jamais calará os que defendem a democracia e lutam por direitos.

Deputada federal Maria do Rosário (PT-RS)

Porto Alegre, 22 de junho de 2017

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