#NãoVãoSilenciarMarielle
A execução sumária de Marielle Franco, vereadora do PSOL do Rio de Janeiro, ativista de direitos humanos de longa data, é fato cuja gravidade nos dias atuais supera qualquer comparação.
É mais um marco a nos mostrar a rapidez com que o País está sendo jogado no abismo da perseguição aos que lutam pelo povo.
Marielle hoje é Chico Mendes, é Dorothy Stang, é Margarida Alves, é Herzog, é Alexandre Vanuchi. São todas e todos que nos tiraram por defenderem valores de dignidade humana e democracia substantiva.
As características da morte, pelo que se viu até o momento, são de execução planejada e fria.
Estamos diante de uma situação de terror. Somente uma investigação federalizada, com acompanhamento de organizações autônomas pode mostrar de fato o que aconteceu.
É preciso que organismos internacionais de direitos humanos atuem diante da situação brasileira! Marielle denunciava a polícia militar do Rio pela execução de jovens das favelas. Bateu de frente contra a intervenção e não se calava diante de nenhum crime.
Destemida, defendeu vítimas e enfrentou autoridades.
Não podemos nos calar. Não podemos aceitar.
O Brasil vive um grave momento, onde o autoritarismo, o desprezo ao ser humano e ódios de todo o tipo tem sido promovidos. Uma mulher, negra, nascida das favelas do Rio, Marielle foi uma das vereadoras mais votadas da cidade no último pleito. Os discursos que apoiam a violência são os grandes promotores dela.
Que cada lágrima seja um impulso pra defendermos ainda mais as causas pelas quais Marielle Franco viveu.
Maria do Rosário, deputada federal (PT-RS)