Inspirado em Mandela, começa Fórum Mundial de Direitos Humanos
Com um minuto de silêncio em homenagem ao líder sul-africano Nelson Mandela, começou o Fórum Mundial de Direitos Humanos, nesta terça-feira (10), em Brasília. “Que esse fórum se inspire em seu exemplo. Um homem que uniu os contrários, ao invés de alimentar ódio e separação”, afirmou o presidente em exercício, Michel Temer, durante sua breve fala na abertura.
O embaixador da África do Sul no Brasil, Mphakama Mbete, recebeu um buquê de rosas brancas das mãos da deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ). “Mandela contribuiu imensamente para a promoção da paz na África do Sul. Ele é lembrado pela proteção e promoção dos direitos humanos e pela equidade entre todos”, afirmou o chanceler.
Enquanto discursava o representante na América do Sul do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH), Ameringo Incalcaterra, um grupo de indígenas interrompeu a solenidade para protestar contra os “500 anos de genocídio”, como diziam em seus cartazes.
FMDH
O evento, que comemora os 65 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, ocorrerá até a próxima sexta-feira (13) e os encontros estão divididos em três eixos temáticos: “Os direitos humanos como bandeira da luta de povos”; “A universalização de direitos humanos em um contexto de vulnerabilidades”; e “A transversalidade de direitos humanos.”
O FMDH traz ao Brasil mais de 30 debatedores de diversos países, entre eles o líder indígena Guarani Kaiowá, Tonico Benites, o cientista social Pablo Gentili (Argentina), a procuradora Ela Wiecko, a política e ativista Aruna Roy (Índia),o economista Márcio Pochmann, Enriqueta Estela Barnes de Carlotto (Argentina), uma das avós da Plaz de Mayo, a médica e ativista dos direitos humanos, Hawa Abdi (Somália), o vice-presidente colombiano Angelino Garzón, entre outros. De última hora, o escritor paquistanês Tariq Ali cancelou sua participação no FMDH.
Por Igor Carvalho está no Fórum Mundial de Direitos Humanos a convite da organização
Publicado em Revista Fórum